"Faz muito tempo, muito tempo mesmo, antes da chegada dos primeiros Bandeirantes que adentraram ( as terras brasileiras para tirarem pelas suas ganancias e ambições, os bens do nosso solo), chegassem ao planalto central do Brasil, nas terras que viria a ser muitas e muitas luas depois o Estado de Goias. Goias e originario de uma tribo de índios de nome Goiases que habitaram as terras do Brasil Central há muitas e centenas de luas atrás.
Conta a lenda que a certa altura os goiases já não eram muitos, porque grande parte deles migraram para lugares distantes, em busca de florestas densas e continuadas. Os mais antigos questionavam porque de tal migração. Não era por falta de caca, não, não era. Caca havia muito. Muitas antas, capivaras, onca pintada, etc…etc…etc…
Contavam os índios na tribo que o pai de PARANOA, que quase não dava atenção ao “curumim”- menino para nos -, havia morrido picado por uma cobra cascavel, que nenhuma erva nem o “subandara” puderam salvar o índio. Sua mãe uma bela índia a inda nova, olhar firme, seus olhos eram negro iguais semente da fruta do guarana ( de Maues no Amazona ) e profundo, tinha uma pele cor de cacau queimado, o chocolate brasileiro, seios firmes parecendo abio (fruta saborosa que da no norte e parte do nordeste brasileiro de cor amarelada com bico firme que lembra um seio de de menina nova), ancas fartas e perfeitas, tipica da mulher cabocla brasileira nativa, cabelos pretos e longos parecendo o rio negro no alto amazonas, cujas pontas rocavam a parte mais alta de suas belas nádegas tão roliças que lembravam as nossas gostosas e doces melancias. Da tribo era a mais bela, mesmo já tendo filho, era muito cobiçada. Mais ainda, depois da morte de seu marido. Como sempre, como uma mulher brasileira de regiões quentes ativa para o sexo, fervilhante com toda a sua nudez para dar, um novo amor acontece.
Certo dia ela apaixonou-se por outro índio másculo, forte e belo, que com ciúmes e medo de perde-la e aproveitando que ela estava morrendo de amores por ele, foram embora numa madrugada sem que ninguém os pudesse impedir, deixando para traz o pequeno PARANOA entregue ao cacique da tribo que por sinal tinha uma grande afeição por ele. O tempo foi passando…passando…PARANOA crescia.
Numa manha quente o sol dava sinal de seus primeiros raios vermelhos no horizonte das matas e serrados do planalto central brasileiro, os pássaros começavam as suas cantorias e revoadas, quando também parte da tribo dos Goiases numa debandada grande foram para terras distantes, deixando para traz pequena parcela de indios com o cacique, inclusive PARANOA.
O velho cacique certo dia ficou sentado a beira da fogueira cismando, cismando sobre o destino do menino PARANOA. Cismando… Cismando… o luar derramava-se sobre a taba quando ele recolheu-se a quicaba, cismando. Sempre cismando. Assim foi dormir.
Pela alvorada, levantou-se, olhando ao redor, o semblante como que desanuviado de preocupações, parecendo ter recebido durante a noite a resposta para o que o inquietava. PARANOA, ali por perto, brincava, descuidado, com um jaboti ( da família da tartaruga, que vive em terra nas florestas), que, na véspera, havia capturado para ele como sendo seu brinquedo.
O cacique deixou que amanha avançasse e deixa-se que o dia toma-se conta de tudo que ali estava naquele imenso sertão do planalto central. Paranoa!… chamou o cacique, o “curumim” logo veio atendendo ao chamado do cacique, franziu a testa e meio preocupado perguntou se tinha feito algo de errado. Não, respondeu o cacique, mais precisamos ter uma conversa seria. Já está chegando a hora de saberes certas coisa. O menino obediente como sempre, aproximou-se do velho guerreiro tomou-lhe a mão e ambos foram a um lugar ermo para conversar a sós. Foi longa e cuidadosa a conversa, porque o cacique sabia que o “curumim” ainda não podia entender certas coisas que estavam acontecendo e que iria acontecer.
Paranoa, de olho esbugalhado tudo escutava, atento, enquanto o cacique falava-lhe:
“Meu filho, nossa gente vem de remotos tempos e longinquas paragens. Bravos e fortes guerreiros tivemos, jamais qualquer estranho tirou de nós um pedaço de terra se quer enquanto estivemos juntos. Agora e diferente. Já fomos muitos, como observas, em vão tenho pedido que fiquem aqui, tua mãe e o seu novo companheiro também se foram, só tu ficaste comigo. Pouco a pouco estão indo embora, quando eu queria que a nossa tribo se multiplica-se para perpetua a nossa raca e se multiplicasse nestas terras dos seus avoengos. Aconteça, porem, o que acontecer, tu, PARANOA, permaneceras e seras o continuador da nossa raca. Noite passada veio me visitar tupã em sonho, pois viu que eu estava muito preocupado especialmente contigo. Disse-me ele que serias a nova raiz de uma nova raca. Fostes escolhido por ele meu filho, por isso prepara-te antes que eu também me vá, para defender estas terras que serão tuas e da nova geração que de ti saira. Tu cresceras. Entretanto, quando chegar a hora de tomares mulher, nao procuraras nenhuma da nossa tribo, ainda que ate la alguma permaneca entre aqueles que ficarem contigo. Tu renovaras em sangue a presenca dos GOIASES aqui no planalto do pindorama. Como ja ti falei anteriormente, Tupã visitou-me esta noite para determinar o teu destino. Ele trara, um dia, a mulher que vivera contigo e te dara grande descendencia. Ela vira do ceu em forma de trovao, chegara primeiro a frente e depois dela, outros chegarao de muitas outras terras. Ouviras, um dia, como que um tremor de terras e o eco de estranhos objetos cortantes golpeando a mata. Disse-me tupã que este objeto e feito pelo homem branco que nada respeita num so golpe corta tudo. Tu iras conhecer, tenhas cuidado. Há , ela dessera de um passaro prateado que grita forte e grosso sem parar chegando a doer os ouvidos. Ela, a mulher que tupã te destinou, cuidara da abertura de “caipes” (de novos caminhos ), para todas as direcoes e ligara distancias para que outros silvicolas e outra racas venham vela. Cuidado, ela e muito mandona, vaidosa, gosta de ter todo mundo aos seus pes.
Tu, PARANOA, contudo, teras de dar provas do teu merecimento. Jamais demostraras impaciência na tua espera. Adestraras tua flecha, na caca das melhores presas e saberás que fruto lhe traras sempre para regala-la. Torna-te-as exímio em tudo, um bravo
guerreiro de estirpe para que a tua amada venha a se orgulhar de ti e aspire com ansiedade a tua volta a cada partida. Esperaras portanto. Não importa o tempo. Jamais afastaras teu pensamento dessa mulher e nunca te desviaras em seu sentimento por outra, por mais que te seduza ou arme ardis para conquistar-te.” Veja bem PARANOA, o que estou a te dizer, pois se não cumprires o teu compromisso seras por Tupã castigado, por mais forte que sejas não terás como se livrar da fúria dele. Por tanto, procura ser obediente, pois tudo isso ira acontecer quando eu já não estarei por perto de te, estarás sim, sozinho.
PARANOA jamais esqueceria a inesperada fala do cacique. Entendera o sentido de tudo, mas muito do que ouvira confundia-se no seu desconhecimento das coisas. Também ficou cismando…cismando…cismando.
O tempo foi passando, longo que nem a cobra grande que come ate grandes barcos. La para as bandas da serva amazonica diz as lendas.
Arrastado e cansativo seguia a vida, mas de ouvido sempre atento, pois dentro dele corria um calor que nem fogo fado. Era a anciedade da espera solitaria.
Da tribo quase ninguem mais restava, todos estavam indo embora e PARANOA, agora adolescente ia ficando cada vez mais solitario. Certa manha despertou sem a presenca do proprio cacique. Estava um silencio so em toda a tribo, desconfiado comecou a procurar e a chamar por todos, em vao, nada mais restava dentro das ocas, os ultimos que restavam foram embora sem se despedir dele. Ate mesmo o cacique que sempre estava por perto dele tinha desaparecido que nem rastro deixou. Parou escutou mais nem um so gemido ouviu, ate os passaros estavam em silencio, o vento nao soprava, parecia que uma tristeza tinha tomado conta daquele lugar. Viu-se so, estava abafado, todos foram ingratos com ele, ninguem nem uma lembranca deixou. So o seu jaboti ficara como companheiro. Sem entender muito, tudo aquilo, relembrou as palavras do velho e experiente chefa da tribo. Resolveu esperar mais um pouco. Como estava so, nao teria muitas responsabilidades para com os outros. Iria esperar ali mesmo solitario, o seu futuro. Assim foi ficando.
Certa manha, ao levantar e ir para a beira do rio contempla o alvorecer das manhã douras do planalto central, foi tomado de espanto ao se ver refletido nas aguas do rio que corria tranquilo. Olhou… olhou… descobriu que ja nao era mais aquele menino, tornara-se um belo e forte homem. Neste instante lembro-se das palavras de advertencia do seu protetor o velho cacique. Onde estaria ele agora? Como poderia encontra-lo? Nao, nao poderia sair agora, principalmente agora homem feito, teria de esperar a sua prometida, conforme conselho do velho guerreiro.
Quanto tempo passaria a quela espera? Como venceria a solidao que se anunciava em tudo, agravando-se no silencio dos crepusculos quando o horizonte, pelo lado do poente, se fazia escarlate como pitanga madura e os jacus-ciganos partiam em revoada, eles que viviam em bandos e em bandos se recolhiam?
Os dias se repetiam, monotonos, mas o indio superava qualquer enfado porque sabia que Tupã lia o pensamento dos homens. So uma vez irritou-se, mas um instante, um quase nada. Foi quando observava um belo pe de pequi, lembrando-se que nunca utilizara seu
pigmento como faziam os indios de sua tribo para enfeitar-se e, de repente, pareceu-lhe ver o vulto do Jupari, rindo dele atraz de um tronco de sucupira. Sufocou, porem, a contrariedade, distraindo-se com a beleza de um ipê, onde pousara uma arara azul, compondo-se, harmoniosa, dentre a floracao amarela. O riso sarcastico do Jurupari, porem, sempre prenunciava coisas ruins.
Naquela noite, notou que Jaci, a lua, parecia dirigir toda a sua luz sobre o seu corpo. O luar estava mais fortes, mais brilhante. Ungia-o, acariciava-o. O indio repeliu-a, refugiando-se sob aramagem densa para que ela nao o visse.
Era a primeira tentacao que repudiava. Lembrava-se das advertencias do cacique. Nao podia render-se. Jaci, porem, repetiria muitas vezes aquele aceno cheio de amor pelo guerreiro.
Paranoa ignorava o quanto a lua o queria, condoida, ao demais, da sua solidao. O sofrimento da espera fazia-se agora maior a cada ciclo lunar, porque era quando Jaci mais o atormentava, perseguindo-o por toda parte, ate que a manha despontasse para sua libertacao.
Quanto tempo passaria assim! Quanto tempo! Paranoa ja agora desconhecia a propria idade. Via-se apenas forte, masculo, agil, destro na caca, habil no manejo da flecha e maneiro no cavar pirogas (canoas feita de uma peca so de arvore), com que singrava as aguas na pesca abundante. Nada, porem compensava a quela solidao que so nao o desesperava de um todo porque Tupa nada prometia sem cumprir. Era apenas esperar, que a prometida chegaria para que ele cumprisse sua missao de retomar com sangue novo a presenca dos Goiases em terras planaltinas.
O indio ficava a imaginar como seria ela. Lembrava – se das mulheres da tribo. Recordava-se das feicoes de algumas delas, bronzeas, olhos amendoados, uns cabelos de piacaba. Nao, a dele nao seria assim; seria diferente, pois lhe dissera o cacique que ela seria diferente,.
Foi assim, depois de tanto olhar distancias, maos em pala, que o sol pertubava, de tanto colar o ouvido ao chao, a escuta de um ruido denunciador, que Paranoa, certa tarde, foi refrescar-se num caiabu. Ali, a sombra, ouviu como que o ribombo de um trovao. Nao podia ser. Os longos meses da chuva ja haviam passado. Prestou atencao: os ruidos repetiam-se, cada vez mais forte. A mata estremecia. O cerrado estremecia. Parecia que muitos bracos gigantes estavam quebrando as arvores num misterioso ritmo, correu por entre as arvores, subiu em uma delas, a mais alta, de longe pode perceber centenas de laminas prateada que brilhavam sobre a luz do sol num so ritmo de movimento por estranhas criaturas cobertos de roupas coloridas, abatiam o arvoredo, ao som de mil nubias.
Sera? Sera a minha prometida que esta chegando? – indagou-se o guerreiro. Olhou novamente ate a onde seu olhar alcancava: de um clarao apoteotico no horizonte emergia uma figura de mulher, envolta em esplendores, adornada de bizarros enfeites. A mulher veio vindo com seus vacalos, com que descendo do infinito, ate aproximar-se de PARANOA.
O indio estatico, olhos arregalados, a sustado estava, mais que isso, estava sufocado de emocao, extasiado ante tanta beleza. Claro que ela nao era como as mulheres da sua tribo, que se foram, deixando-o sozinho. Alem de tudo, alada. Asas tenues, diafanas, emoldurava a figura, como uma divindade.
Impulcionado no seu deslumbramento, PARANOA correu para ela. Queria cingi-la, mas conteve-se:
Num grito de forca, de alegri, emocao e medo, um pouco de tudo, bradou.
- Es tu criatura!!! A anunciada de Tupã ??…
Ela com ternura e meiguice assim falou.
- Sou, Paranoa. Tu agora nao viveras mais so. Eu chamo-me Brasilia! Vim para ficar contigo conforme promessas de Tupã para mim.
Disse – me certo dia que estava me criando para ser tua companheira para o resto de nossas vidas. Aqui estou, pronta para ser amada por ti PARANOA, nao sabes o quanto esperei por este momento.
O indio de olhos aregalado, emudeceu. A longa espera, a ansiedade de tanto tempo, o misterio daquela aparicao, o fulgor daquela criatura o paralisavam, atropelando-lhe a mente. Queria enlaca-la, porem estava como que enfeiticado, como que tonto de cauim, pregado ao solo.
Mas era tempo de Jaci ( a lua ) que se apresentava bela no ceu a zul anil espalhando um luar apaixonado. Durante toda a vida de Paranoa ela acompanhava la do alto o crescimento daque silvicola que agora era um belo e escultural guerreiro, ela o amava, queria envolve-lo em seu seio, toma-lo para sempre. Agora estava assustada, tinha uma intrometida em seu caminho. Jaci espreitava aquele encontro, aquela cena na tarde que esmorecia. Ela amava Paranoa, tinha certeza. Sem correspondencia embora, acalentara-o em silencio, noite apos noite, na longa solidao. E agora? A gora a outra viera. Tudo estava consumado e morria a ultima esperanca. Restava-lhe contudo um gesto desesperado e derradeiro. Ela nao o conquistara quando so e agora o perdia para sempre. Postou-se , entao, na sua aflicao, entre Paranoa e Brasilia. Queria refletir-se pela ultima vez nos olhos do guerreiro e depois partir, esmagada no amor impossivel.
O olhar da lua ofuscou Paranoa; ofuscava tambem o esplendor de Brasilia. Eletrizado, o indio estava confuso sem saber o que decidir com qual das duas ficaria, Brasilia chegou bela, a lua la estava desde quando nasceu, mas so agora tinha dado conta da sua beleza prateada e luminosa, fixou-se em Jaci em seu olhar, pela primeira vez, contemplou a sua meiguise, a suavidade da sua luz, envolvente e penetrante. No seu coracao explodia um sentimento longamente represado. E depreendeu atonito, que, sem querer, amava Jaci.
No espirito do guerreiro, um turbilhao de incertezas. Mudo, petrificado, olhava a lua, olhava Brasilia; olhava uma, olhava outra. Os momentos iniciais daquela emocoes transformavam-se num pesadelo. E um silencio seguiu-se, pesado, interminavel.
Entao o ceu rasgou-se e uma voz ouviu-se, grave, sentenciosa. Era tupa, irritado:
Paranoa!!!…Paranoa!!!…Paranoa!!!…onde estais, quero ver a tua face!... Por que procedestes assim!.., por que Paranoa? Por que esta em duvida o teu coracao? Nao te bastou acaso o tempo da espera para a tua preparacao? Nao queres aquela que ti prometi? Estais trocando aquela que foi feita para ser a tua companheira para sempre, por esta esta desvairada frivola amante de tantos amores ao longo dos tempos? Seras mais um, dentre tantos se ti encantares por ela. PARANOA nao mais ouvia a voz de Tupã, estava inclinado a ficar com Jaci, era ela a quem ele amava e nao a Brasilia a prometida.
Tupã em sua ira pela desobediencia do silvicola nao perdeu tempo, despejou toda a sua forca sobre o indio. Ah!… indio ingrato, nao fostes e nao seras digno da mulher que te prometi, vou castigar-te agora, neste instante, transformar-te-ei em um grande lago perto de Brasilia e o teu sangue, em forma de agua, sera consumido por ela e seus decendentes por toda a sua vida e para que sintas a sua presenca como te prometi e bem a vista de Jaci para que todas as noites ela possa te ver e te banhar com a sua luz tambem, mas, ambas jamais te terao em seus bracos. Mas, tambem estaras sempre de bracos sempre abertos, sem jamais alcancar aquela por quem resolveste ficar como sendo o teu amor. Farei isto para que nao sofras com os enganos da voluvia Jaci.
PARANOA ainda implorou a Tupã para nao fazer dele um lago. Nao, nao queria ser um lago, queria ser livre para poder amar livre o seu grande amor. De joelhos pedia perdao mas Tupa nao atendeu ao seu pedido: - Prefiro ver-te assim preso sobre este solo sob o olhar das duas, lamentando – te para o resto de sua vida mas sem seres abandonado e despresado como tantos outros que Jaci enganou. Assim seja.
Como num paco de magica o corpo de PARANOA foi se desfazendo em agua, diluindo-se todo, ante o olhar indiferente de Brasilia a prometida de Tupa e o olhar de Jaci aquela a quem ele queria. Pouco a pouco, do que era o corpo masculo e belo do indio so restava uma grande poca d’agua que foi se estendendo e conformando-se num amplo lencol ramificado como bracos clamando.
Jaci, tomada de angustia, desespero e remorso, por ter desafiado Tupa e temendo um castigo, demandou o espaco, ocultando-se atras de uma nuvem bem distante. Contemplava do alto, artomentada e chorosa, o seu amado transmudando-se num grande lago. Mas, jurou que um dia levaria PARANOA para o ceu em seus bracos.
Brasilia, permaneceu e permanece no planalto, altiva e bela. Olha Paranoa apenas a distancia, alheia ao seu destino, vaidosa cheia de guerreiros modernos ao seu redor bons e ruins, coruptos e honestos de tudo um pouco, no proposito de assim satisfazer a vaidade desta bela criatura misteriosa. Mas, Jaci nao esqueceria este grande amor que um dia subira com ela aos ceus para sempre. Quando isto acontecer, Brasilia, sobre um tremor de terras desaparecera voltando triste e desconsolada de onde veio, completando assim o ciclo deste grande amor proibido."
Conta a lenda que a certa altura os goiases já não eram muitos, porque grande parte deles migraram para lugares distantes, em busca de florestas densas e continuadas. Os mais antigos questionavam porque de tal migração. Não era por falta de caca, não, não era. Caca havia muito. Muitas antas, capivaras, onca pintada, etc…etc…etc…
Contavam os índios na tribo que o pai de PARANOA, que quase não dava atenção ao “curumim”- menino para nos -, havia morrido picado por uma cobra cascavel, que nenhuma erva nem o “subandara” puderam salvar o índio. Sua mãe uma bela índia a inda nova, olhar firme, seus olhos eram negro iguais semente da fruta do guarana ( de Maues no Amazona ) e profundo, tinha uma pele cor de cacau queimado, o chocolate brasileiro, seios firmes parecendo abio (fruta saborosa que da no norte e parte do nordeste brasileiro de cor amarelada com bico firme que lembra um seio de de menina nova), ancas fartas e perfeitas, tipica da mulher cabocla brasileira nativa, cabelos pretos e longos parecendo o rio negro no alto amazonas, cujas pontas rocavam a parte mais alta de suas belas nádegas tão roliças que lembravam as nossas gostosas e doces melancias. Da tribo era a mais bela, mesmo já tendo filho, era muito cobiçada. Mais ainda, depois da morte de seu marido. Como sempre, como uma mulher brasileira de regiões quentes ativa para o sexo, fervilhante com toda a sua nudez para dar, um novo amor acontece.
Certo dia ela apaixonou-se por outro índio másculo, forte e belo, que com ciúmes e medo de perde-la e aproveitando que ela estava morrendo de amores por ele, foram embora numa madrugada sem que ninguém os pudesse impedir, deixando para traz o pequeno PARANOA entregue ao cacique da tribo que por sinal tinha uma grande afeição por ele. O tempo foi passando…passando…PARANOA crescia.
Numa manha quente o sol dava sinal de seus primeiros raios vermelhos no horizonte das matas e serrados do planalto central brasileiro, os pássaros começavam as suas cantorias e revoadas, quando também parte da tribo dos Goiases numa debandada grande foram para terras distantes, deixando para traz pequena parcela de indios com o cacique, inclusive PARANOA.
O velho cacique certo dia ficou sentado a beira da fogueira cismando, cismando sobre o destino do menino PARANOA. Cismando… Cismando… o luar derramava-se sobre a taba quando ele recolheu-se a quicaba, cismando. Sempre cismando. Assim foi dormir.
Pela alvorada, levantou-se, olhando ao redor, o semblante como que desanuviado de preocupações, parecendo ter recebido durante a noite a resposta para o que o inquietava. PARANOA, ali por perto, brincava, descuidado, com um jaboti ( da família da tartaruga, que vive em terra nas florestas), que, na véspera, havia capturado para ele como sendo seu brinquedo.
O cacique deixou que amanha avançasse e deixa-se que o dia toma-se conta de tudo que ali estava naquele imenso sertão do planalto central. Paranoa!… chamou o cacique, o “curumim” logo veio atendendo ao chamado do cacique, franziu a testa e meio preocupado perguntou se tinha feito algo de errado. Não, respondeu o cacique, mais precisamos ter uma conversa seria. Já está chegando a hora de saberes certas coisa. O menino obediente como sempre, aproximou-se do velho guerreiro tomou-lhe a mão e ambos foram a um lugar ermo para conversar a sós. Foi longa e cuidadosa a conversa, porque o cacique sabia que o “curumim” ainda não podia entender certas coisas que estavam acontecendo e que iria acontecer.
Paranoa, de olho esbugalhado tudo escutava, atento, enquanto o cacique falava-lhe:
“Meu filho, nossa gente vem de remotos tempos e longinquas paragens. Bravos e fortes guerreiros tivemos, jamais qualquer estranho tirou de nós um pedaço de terra se quer enquanto estivemos juntos. Agora e diferente. Já fomos muitos, como observas, em vão tenho pedido que fiquem aqui, tua mãe e o seu novo companheiro também se foram, só tu ficaste comigo. Pouco a pouco estão indo embora, quando eu queria que a nossa tribo se multiplica-se para perpetua a nossa raca e se multiplicasse nestas terras dos seus avoengos. Aconteça, porem, o que acontecer, tu, PARANOA, permaneceras e seras o continuador da nossa raca. Noite passada veio me visitar tupã em sonho, pois viu que eu estava muito preocupado especialmente contigo. Disse-me ele que serias a nova raiz de uma nova raca. Fostes escolhido por ele meu filho, por isso prepara-te antes que eu também me vá, para defender estas terras que serão tuas e da nova geração que de ti saira. Tu cresceras. Entretanto, quando chegar a hora de tomares mulher, nao procuraras nenhuma da nossa tribo, ainda que ate la alguma permaneca entre aqueles que ficarem contigo. Tu renovaras em sangue a presenca dos GOIASES aqui no planalto do pindorama. Como ja ti falei anteriormente, Tupã visitou-me esta noite para determinar o teu destino. Ele trara, um dia, a mulher que vivera contigo e te dara grande descendencia. Ela vira do ceu em forma de trovao, chegara primeiro a frente e depois dela, outros chegarao de muitas outras terras. Ouviras, um dia, como que um tremor de terras e o eco de estranhos objetos cortantes golpeando a mata. Disse-me tupã que este objeto e feito pelo homem branco que nada respeita num so golpe corta tudo. Tu iras conhecer, tenhas cuidado. Há , ela dessera de um passaro prateado que grita forte e grosso sem parar chegando a doer os ouvidos. Ela, a mulher que tupã te destinou, cuidara da abertura de “caipes” (de novos caminhos ), para todas as direcoes e ligara distancias para que outros silvicolas e outra racas venham vela. Cuidado, ela e muito mandona, vaidosa, gosta de ter todo mundo aos seus pes.
Tu, PARANOA, contudo, teras de dar provas do teu merecimento. Jamais demostraras impaciência na tua espera. Adestraras tua flecha, na caca das melhores presas e saberás que fruto lhe traras sempre para regala-la. Torna-te-as exímio em tudo, um bravo
guerreiro de estirpe para que a tua amada venha a se orgulhar de ti e aspire com ansiedade a tua volta a cada partida. Esperaras portanto. Não importa o tempo. Jamais afastaras teu pensamento dessa mulher e nunca te desviaras em seu sentimento por outra, por mais que te seduza ou arme ardis para conquistar-te.” Veja bem PARANOA, o que estou a te dizer, pois se não cumprires o teu compromisso seras por Tupã castigado, por mais forte que sejas não terás como se livrar da fúria dele. Por tanto, procura ser obediente, pois tudo isso ira acontecer quando eu já não estarei por perto de te, estarás sim, sozinho.
PARANOA jamais esqueceria a inesperada fala do cacique. Entendera o sentido de tudo, mas muito do que ouvira confundia-se no seu desconhecimento das coisas. Também ficou cismando…cismando…cismando.
O tempo foi passando, longo que nem a cobra grande que come ate grandes barcos. La para as bandas da serva amazonica diz as lendas.
Arrastado e cansativo seguia a vida, mas de ouvido sempre atento, pois dentro dele corria um calor que nem fogo fado. Era a anciedade da espera solitaria.
Da tribo quase ninguem mais restava, todos estavam indo embora e PARANOA, agora adolescente ia ficando cada vez mais solitario. Certa manha despertou sem a presenca do proprio cacique. Estava um silencio so em toda a tribo, desconfiado comecou a procurar e a chamar por todos, em vao, nada mais restava dentro das ocas, os ultimos que restavam foram embora sem se despedir dele. Ate mesmo o cacique que sempre estava por perto dele tinha desaparecido que nem rastro deixou. Parou escutou mais nem um so gemido ouviu, ate os passaros estavam em silencio, o vento nao soprava, parecia que uma tristeza tinha tomado conta daquele lugar. Viu-se so, estava abafado, todos foram ingratos com ele, ninguem nem uma lembranca deixou. So o seu jaboti ficara como companheiro. Sem entender muito, tudo aquilo, relembrou as palavras do velho e experiente chefa da tribo. Resolveu esperar mais um pouco. Como estava so, nao teria muitas responsabilidades para com os outros. Iria esperar ali mesmo solitario, o seu futuro. Assim foi ficando.
Certa manha, ao levantar e ir para a beira do rio contempla o alvorecer das manhã douras do planalto central, foi tomado de espanto ao se ver refletido nas aguas do rio que corria tranquilo. Olhou… olhou… descobriu que ja nao era mais aquele menino, tornara-se um belo e forte homem. Neste instante lembro-se das palavras de advertencia do seu protetor o velho cacique. Onde estaria ele agora? Como poderia encontra-lo? Nao, nao poderia sair agora, principalmente agora homem feito, teria de esperar a sua prometida, conforme conselho do velho guerreiro.
Quanto tempo passaria a quela espera? Como venceria a solidao que se anunciava em tudo, agravando-se no silencio dos crepusculos quando o horizonte, pelo lado do poente, se fazia escarlate como pitanga madura e os jacus-ciganos partiam em revoada, eles que viviam em bandos e em bandos se recolhiam?
Os dias se repetiam, monotonos, mas o indio superava qualquer enfado porque sabia que Tupã lia o pensamento dos homens. So uma vez irritou-se, mas um instante, um quase nada. Foi quando observava um belo pe de pequi, lembrando-se que nunca utilizara seu
pigmento como faziam os indios de sua tribo para enfeitar-se e, de repente, pareceu-lhe ver o vulto do Jupari, rindo dele atraz de um tronco de sucupira. Sufocou, porem, a contrariedade, distraindo-se com a beleza de um ipê, onde pousara uma arara azul, compondo-se, harmoniosa, dentre a floracao amarela. O riso sarcastico do Jurupari, porem, sempre prenunciava coisas ruins.
Naquela noite, notou que Jaci, a lua, parecia dirigir toda a sua luz sobre o seu corpo. O luar estava mais fortes, mais brilhante. Ungia-o, acariciava-o. O indio repeliu-a, refugiando-se sob aramagem densa para que ela nao o visse.
Era a primeira tentacao que repudiava. Lembrava-se das advertencias do cacique. Nao podia render-se. Jaci, porem, repetiria muitas vezes aquele aceno cheio de amor pelo guerreiro.
Paranoa ignorava o quanto a lua o queria, condoida, ao demais, da sua solidao. O sofrimento da espera fazia-se agora maior a cada ciclo lunar, porque era quando Jaci mais o atormentava, perseguindo-o por toda parte, ate que a manha despontasse para sua libertacao.
Quanto tempo passaria assim! Quanto tempo! Paranoa ja agora desconhecia a propria idade. Via-se apenas forte, masculo, agil, destro na caca, habil no manejo da flecha e maneiro no cavar pirogas (canoas feita de uma peca so de arvore), com que singrava as aguas na pesca abundante. Nada, porem compensava a quela solidao que so nao o desesperava de um todo porque Tupa nada prometia sem cumprir. Era apenas esperar, que a prometida chegaria para que ele cumprisse sua missao de retomar com sangue novo a presenca dos Goiases em terras planaltinas.
O indio ficava a imaginar como seria ela. Lembrava – se das mulheres da tribo. Recordava-se das feicoes de algumas delas, bronzeas, olhos amendoados, uns cabelos de piacaba. Nao, a dele nao seria assim; seria diferente, pois lhe dissera o cacique que ela seria diferente,.
Foi assim, depois de tanto olhar distancias, maos em pala, que o sol pertubava, de tanto colar o ouvido ao chao, a escuta de um ruido denunciador, que Paranoa, certa tarde, foi refrescar-se num caiabu. Ali, a sombra, ouviu como que o ribombo de um trovao. Nao podia ser. Os longos meses da chuva ja haviam passado. Prestou atencao: os ruidos repetiam-se, cada vez mais forte. A mata estremecia. O cerrado estremecia. Parecia que muitos bracos gigantes estavam quebrando as arvores num misterioso ritmo, correu por entre as arvores, subiu em uma delas, a mais alta, de longe pode perceber centenas de laminas prateada que brilhavam sobre a luz do sol num so ritmo de movimento por estranhas criaturas cobertos de roupas coloridas, abatiam o arvoredo, ao som de mil nubias.
Sera? Sera a minha prometida que esta chegando? – indagou-se o guerreiro. Olhou novamente ate a onde seu olhar alcancava: de um clarao apoteotico no horizonte emergia uma figura de mulher, envolta em esplendores, adornada de bizarros enfeites. A mulher veio vindo com seus vacalos, com que descendo do infinito, ate aproximar-se de PARANOA.
O indio estatico, olhos arregalados, a sustado estava, mais que isso, estava sufocado de emocao, extasiado ante tanta beleza. Claro que ela nao era como as mulheres da sua tribo, que se foram, deixando-o sozinho. Alem de tudo, alada. Asas tenues, diafanas, emoldurava a figura, como uma divindade.
Impulcionado no seu deslumbramento, PARANOA correu para ela. Queria cingi-la, mas conteve-se:
Num grito de forca, de alegri, emocao e medo, um pouco de tudo, bradou.
- Es tu criatura!!! A anunciada de Tupã ??…
Ela com ternura e meiguice assim falou.
- Sou, Paranoa. Tu agora nao viveras mais so. Eu chamo-me Brasilia! Vim para ficar contigo conforme promessas de Tupã para mim.
Disse – me certo dia que estava me criando para ser tua companheira para o resto de nossas vidas. Aqui estou, pronta para ser amada por ti PARANOA, nao sabes o quanto esperei por este momento.
O indio de olhos aregalado, emudeceu. A longa espera, a ansiedade de tanto tempo, o misterio daquela aparicao, o fulgor daquela criatura o paralisavam, atropelando-lhe a mente. Queria enlaca-la, porem estava como que enfeiticado, como que tonto de cauim, pregado ao solo.
Mas era tempo de Jaci ( a lua ) que se apresentava bela no ceu a zul anil espalhando um luar apaixonado. Durante toda a vida de Paranoa ela acompanhava la do alto o crescimento daque silvicola que agora era um belo e escultural guerreiro, ela o amava, queria envolve-lo em seu seio, toma-lo para sempre. Agora estava assustada, tinha uma intrometida em seu caminho. Jaci espreitava aquele encontro, aquela cena na tarde que esmorecia. Ela amava Paranoa, tinha certeza. Sem correspondencia embora, acalentara-o em silencio, noite apos noite, na longa solidao. E agora? A gora a outra viera. Tudo estava consumado e morria a ultima esperanca. Restava-lhe contudo um gesto desesperado e derradeiro. Ela nao o conquistara quando so e agora o perdia para sempre. Postou-se , entao, na sua aflicao, entre Paranoa e Brasilia. Queria refletir-se pela ultima vez nos olhos do guerreiro e depois partir, esmagada no amor impossivel.
O olhar da lua ofuscou Paranoa; ofuscava tambem o esplendor de Brasilia. Eletrizado, o indio estava confuso sem saber o que decidir com qual das duas ficaria, Brasilia chegou bela, a lua la estava desde quando nasceu, mas so agora tinha dado conta da sua beleza prateada e luminosa, fixou-se em Jaci em seu olhar, pela primeira vez, contemplou a sua meiguise, a suavidade da sua luz, envolvente e penetrante. No seu coracao explodia um sentimento longamente represado. E depreendeu atonito, que, sem querer, amava Jaci.
No espirito do guerreiro, um turbilhao de incertezas. Mudo, petrificado, olhava a lua, olhava Brasilia; olhava uma, olhava outra. Os momentos iniciais daquela emocoes transformavam-se num pesadelo. E um silencio seguiu-se, pesado, interminavel.
Entao o ceu rasgou-se e uma voz ouviu-se, grave, sentenciosa. Era tupa, irritado:
Paranoa!!!…Paranoa!!!…Paranoa!!!…onde estais, quero ver a tua face!... Por que procedestes assim!.., por que Paranoa? Por que esta em duvida o teu coracao? Nao te bastou acaso o tempo da espera para a tua preparacao? Nao queres aquela que ti prometi? Estais trocando aquela que foi feita para ser a tua companheira para sempre, por esta esta desvairada frivola amante de tantos amores ao longo dos tempos? Seras mais um, dentre tantos se ti encantares por ela. PARANOA nao mais ouvia a voz de Tupã, estava inclinado a ficar com Jaci, era ela a quem ele amava e nao a Brasilia a prometida.
Tupã em sua ira pela desobediencia do silvicola nao perdeu tempo, despejou toda a sua forca sobre o indio. Ah!… indio ingrato, nao fostes e nao seras digno da mulher que te prometi, vou castigar-te agora, neste instante, transformar-te-ei em um grande lago perto de Brasilia e o teu sangue, em forma de agua, sera consumido por ela e seus decendentes por toda a sua vida e para que sintas a sua presenca como te prometi e bem a vista de Jaci para que todas as noites ela possa te ver e te banhar com a sua luz tambem, mas, ambas jamais te terao em seus bracos. Mas, tambem estaras sempre de bracos sempre abertos, sem jamais alcancar aquela por quem resolveste ficar como sendo o teu amor. Farei isto para que nao sofras com os enganos da voluvia Jaci.
PARANOA ainda implorou a Tupã para nao fazer dele um lago. Nao, nao queria ser um lago, queria ser livre para poder amar livre o seu grande amor. De joelhos pedia perdao mas Tupa nao atendeu ao seu pedido: - Prefiro ver-te assim preso sobre este solo sob o olhar das duas, lamentando – te para o resto de sua vida mas sem seres abandonado e despresado como tantos outros que Jaci enganou. Assim seja.
Como num paco de magica o corpo de PARANOA foi se desfazendo em agua, diluindo-se todo, ante o olhar indiferente de Brasilia a prometida de Tupa e o olhar de Jaci aquela a quem ele queria. Pouco a pouco, do que era o corpo masculo e belo do indio so restava uma grande poca d’agua que foi se estendendo e conformando-se num amplo lencol ramificado como bracos clamando.
Jaci, tomada de angustia, desespero e remorso, por ter desafiado Tupa e temendo um castigo, demandou o espaco, ocultando-se atras de uma nuvem bem distante. Contemplava do alto, artomentada e chorosa, o seu amado transmudando-se num grande lago. Mas, jurou que um dia levaria PARANOA para o ceu em seus bracos.
Brasilia, permaneceu e permanece no planalto, altiva e bela. Olha Paranoa apenas a distancia, alheia ao seu destino, vaidosa cheia de guerreiros modernos ao seu redor bons e ruins, coruptos e honestos de tudo um pouco, no proposito de assim satisfazer a vaidade desta bela criatura misteriosa. Mas, Jaci nao esqueceria este grande amor que um dia subira com ela aos ceus para sempre. Quando isto acontecer, Brasilia, sobre um tremor de terras desaparecera voltando triste e desconsolada de onde veio, completando assim o ciclo deste grande amor proibido."
Prof. SOBEK DE ALCANTARA REBELLO
Nenhum comentário:
Postar um comentário