domingo, 6 de janeiro de 2013

6 de janeiro de 1963 - Brasil desaprova Parlamentarismo

Primeira página do Jornal do Brasil: Terça-feira, 7 de janeiro de 1963

O povo brasileiro atendeu ao apelo do Presidente João Goulart, comparecendo maciçamente às urnas do plebiscito, para dizer não à manutenção do parlamentarismo em vigor no país desde 1961.

Com a renúncia inesperada do presidente Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, a Presidência da República deveria ser assumida por João Goulart, então Vice-Presidente. Como na ocasião este encontrava-se em missão oficial numa viagem à China Popular pela retomada da relação comercial entre os dois países, o Presidente da Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli, o segundo na linha sucessória, assumiu o cargo provisoriamente. Contudo o poder efetivo ficou nas mãos dos três ministros militares do ex-presidente Quadros - Almirante Sílvio Heck, General Odílio Denis e Brigadeiro Grum Moss - permaneceram nos respectivos cargos, e mantinham restrições à posse de João Goulart em virtude do seu vínculo com os movimentos de esquerda.


Assim, através de uma manobra política, o Congresso Nacional, contrariando a vontade popular, aprovou uma emenda constitucional permitindo que João Goulart fosse empossado em 7 de setembro de 1961, mas com poderes limitados, mediante a instituição do parlamentarismo.

Reprodução/CPDoc JB
Insatisfação manifestada nas urnas
Durante a vigência do parlamentarismo no Brasil (1961-1963), instalaram-se diversas crises institucionais, sociais e econômicas, promovendo sério retrocesso ao desenvolvimento ao país. Foi com esse saldo negativo que mais de 12 milhões de pessoas foram às urnas.

O povo mostrou sua insatifação por meio de quase dez milhões de votos pela volta do presidencialismo e confiou a João Goulart os instrumentos de poder e autoridade necessários à retomada do crescimento do Brasil. Jango ficou no poder até a sua derrubada pelo golpe militar de 1964.
 
Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?blogid=57&archive=2011-01

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