19 de janeiro de 1982: Morre Elis Regina. Calou-se a voz mais alegre do Brasil

Elis Regina Carvalho Costa nasceu em 17 de março de 1945 em Porto Alegre, RS.

Foi, sem dúvida, a maior cantora brasileira de todos os tempos. Com técnica e garra, lançou alguns dos principais compositores brasileiros, como João Bosco e Aldir Blanc, Renato Teixeira, Fátima Guedes - só não lançou Chico Buarque porque resolveu pensar sobre o assunto - Nara Leão foi mais rápida.

A "pimentinha", como era chamada, tinha - como João Gilberto - a perfeição como meta. Exigia muito de seus músicos e compositores, exigia de sua gravadora, exigia de sua voz. Ganhávamos nós, o público. Não foi sempre assim - quando veio do Rio Grande do Sul tentou carreira no Rio de Janeiro - não foi pra frente. Seus primeiros discos são repletos das exigências da mídia, Elis teve que cantar o que vendia na época.

Transferindo-se para São Paulo, encontrou a cidade de braços abertos. Foi aqui que Elis chegou a perfeição, e foi aqui que se transformou numa tradição, tal qual sua amiga Rita Lee. Elis virou São Paulo, que a acolheu e a recolheu, quando se foi aos 36 anos, em 19 de janeiro de 1982.

Foi a primeira pessoa que inscreveu sua voz como instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. E era. A voz de Elis soava como instrumento afinado, não perdendo, nem por um minuto, o carisma e a emoção em cada canção.

Envolveu-se com tudo de forma radical - com a música, com a política, com a vida. Maldita para muitos, Elis tinha sempre a frase certeira, a mente afiada, propósitos firmes: "Cara feia pra mim é bode... Sou mais ardida que pimenta!".

 

Por Carô Murgel

20 anos blues A dama do apocalipse Águas de março Agnus sei Altos e baixos Amor até o fim Andança Aos nossos filhos Aprendendo a jogar Arrastão As aparências enganam As curvas da estrada de Santos Atrás da porta Bicho do mato Black is beautiful Bodas de prata Bôto Cabaré Cadeira vazia Cais Canção do sal Canto de Ossanha Cão sem dono Carinhoso Carolina Cartomante Casa no campo Caxangá Cinema Olympia Colagem Como nossos pais Comunicação Conversando no bar Corcovado Corsário Da cor do pecado De onde vens Doce de pimenta Dois pra lá, dois pra cá Essa mulher Eu preciso aprender a ser só Fascinação Folhas secas Garota de Ipanema Jardins de infância Joana Francesa João Valentão Ladeira da Preguiça Lunik 9

Madalena Marambaia Maria Maria Maria Rosa Me deixas louca Meio termo Menino Moda de sangue Modinha Morro velho Mucuripe Na batucada da vida Nada será como antes No dia em que eu vim me embora Nova estação O bêbado e a equilibrista O cantador O cavaleiro e os moinhos O medo de amar é o medo de ser livre O primeiro jornal O que foi feito de Vera O que foi feito deverá O que tinha de ser Onze fitas Os argonautas Oriente Ponta de Areia Pra dizer adeus Querelas do Brasil Quero Rebento Retrato em branco e preto Romaria Sabiá Sai dessa Saudosa maloca Se eu quiser falar com Deus Sentimental eu fico Só tinha de ser com você Tatuagem Tiro ao Álvaro Transversal do tempo Travessia Upa, neguinho Velha roupa colorida Vento de maio Vida de bailarina Zambi