É comemorado por estudantes brasileiros de direito, que vão aos restaurantes, se fartam a valer e, depois, mandam pindurar a conta.
Pindura é uma expressão popular que faz referência ao ato de comprar fiado, ou seja, para pagar depois. A origem da expressão vem do fato de que, nas antigas casas comerciais (tabernas, mercearias, farmácias, dentre outros, existia um prego onde o comerciante colocava as contas dos fregueses que pediam para pagar depois. Quando o freguês retornava para pagar ele pegava os papéis do prego, somava e cobrava.
Hoje existe também um sinônimo para esta expressão que é o colocar no prego.
No Brasil, os alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) têm o costume de, no dia 11 de agosto, comemorar o aniversário de sua faculdade em algum restaurante de grande porte na cidade, e sair sem pagar pela refeição. Esse costume é comemorado no dia 11 de agosto que é a data em que se comemora o aniversário da criação dos primeiros cursos superiores do Brasil de Direito em 1827, pelo Imperador D. Pedro I instituído através de Decreto, a Faculdade de Direito em São Paulo, e, poucos dias depois, em Olinda.
Principalmente em São Paulo, os estudantes eram provenientes da elite, que antes se via obrigada a enviá-los à Europa para que pudessem cursar ensino superior. Nas primeiras décadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, os donos de restaurantes da região ofereciam, nesse dia, e em homenagem à importância e grandeza da Faculdade, refeições gratuitas aos estudantes. A tradição foi estendida, de modo não tão pacífico, e ampliada, sendo que atualmente, estudantes de direito de outras faculdades também praticam o Pindura.
Reza a tradição que os acadêmicos comam neste dia e, ao fim da refeição, o mais eloqüente, de preferência um formando, coloque-se em pé profira um belo discurso de elogio aos garçons e a casa. Exalta-se, então que o local é um distinto ambiente, condigno de receber os bacharéis de Direito. Após o discurso, como um gesto de gratidão pelos elogios tecidos, o dono do restaurante aguardaria a graduação, quando o já advogado voltaria ao estabelecimento para pagar a sua dívida.
Há proprietários de restaurantes, porém, que não aceitam tal tradição, e diante de tal situação acabam iniciando conflitos com os estudantes, recorrendo, muitas vezes, à polícia.
O acordo que costuma acontecer é o de que pagamento das bebidas e da taxa de serviço (10%), assim o "prejuízo" seria apenas com a alimentação.
Fonte: Wikipedia
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