quinta-feira, 10 de outubro de 2013

10 de Outubro - Dia da Honestidade

A honestidade é uma das virtudes de maior valor, não só pelo que ela significa em si, mas pelo que representa para quem a tem como princípio de vida. Ser honesto, antes de tudo, requer sinceridade e autenticidade consigo próprio. É como define uma lenda chinesa que data de 250 anos a.C.: “A honestidade é uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor”.


O ser humano desde que tomou consciência de que a vida na Terra é curta e tão limitada passou a construir modelos de perpetuação da sua presença, da sua imagem, seja através da importância da prole, seja pelos rituais que buscavam preservar sua presença mesmo após a morte. Um reparo que devo fazer de logo: não estou falando de uma perspectiva religiosa, e sim de olhar histórico, antropológico e sociológico.

Assim, me preocupa bastante quando vimos a derrocada em nosso país de conceitos basilares construídos ao longo da caminhada da humanidade. Por exemplo, o conceito de honestidade, que está sendo posto em xeque quando autoridades e pessoas que deveriam ser referências éticas se comportam de maneira desonesta, e por único desejo: o de enriquecer a qualquer custo.

Poderia falar de outros conceitos e valores, mas até por questão de espaço, tratarei somente da honestidade. Segundo o dicionarista Houaiss ser honesto é ser honrado, digno, é agir com seriedade, ter comportamento irrepreensível. A capacidade de ser honesto há de ser aprendida, pois se tratando de valor e partindo da premissa que nascemos sem qualquer noção de valores é através da aprendizagem e da educação que vamos incorporar os valores que a sociedade exige.
O processo de aprendizagem que começa na família, na igreja (se religiosa for), no círculo dos amigos, na escola, no trabalho, enfim, durante toda a caminhada de uma pessoa. Ultimamente, as pessoas parecem andar na direção oposta. Como são valorizadas as ações dos espertos (sic) que usam a desonestidade como arma para conseguir o que desejam, não importando as marcas que produzirão para a sua própria família, para a sociedade e para o futuro da humanidade numa perspectiva de preservação da própria raça humana.

A sociedade já encurralada pela violência, pela dificuldade em sobreviver honestamente do seu trabalho (quando encontra) se depara com o show de desonestidade de autoridades que deveriam ser o ponto de equilíbrio, o referencial para que todos pudessem continuar lutando e acreditando no futuro, na possibilidade de mudanças.

O vale tudo estabelecido por quem deveria impedir o desmando, a ilegalidade, o abuso, do ponto de vista da aprendizagem destrói a crença de que o mundo não está perdido. Coloca-nos em crise existencial e social. Perdemos os paradigmas. Perdemos o norte. Reaprender a ser honesto. Resgatar a honestidade como forma de salvar as relações sociais, sob pena de nada mais fazer sentido, nada mais ter valor algum.

A honestidade é o ponto de partida. É o início de uma caminhada, ou seria uma re-caminhada? Nunca será o ponto de chegada. Que tal começar hoje cedo? Em casa, com sua família. No trabalho, com seus colegas. Na rua, com o primeiro ser humano que cruzar.




Fonte: Site Cinform

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