domingo, 6 de janeiro de 2013

Dia do Leitor



Comemoração de brasileiros, surgida a partir do aniversário do jornal cearense, "O Povo", que foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista brasileiro, Demócrito Rocha, festejada com várias promoções em sites de livros e eventos em bibliotecas brasileiras.Uma data feita para comemorar aqueles que gostam de ler e tem, no livro, um grande amigo.

Foto de Demócrito Rocha, poeta e jornalista do Ceará








Demócrito Rocha fundou o jornal O Povo, no Ceará, em 1928. Ele era dentista e funcionários dos Correios e telégrafos.

Intelectual, deputado federal e jornalista combativo, era casado com Creusa do Carmo Rocha,de quem teve duas filhas: Albanisa Rocha Sarasate e Maria Lucia Rocha Dummar.

Outro cearense autêntico nascido fora do Estado, como inúmeros poetas que tiveram mais origem num berço cultural e literário do que num berço genetlíaco. Demócrito Rocha nasceu na cidade interiorana da Bahia, Caravelas, no dia 14 de abril de 1888. A luta pela vida começa cedo, pois ao perder os pais ainda menino, teve que enfrentar o duro trabalho, como operário numa estrada de ferro.

A despeito disso, quando foi residir em Aracaju, tendo uma passagem rápida por Salvador (1907), já estava em condições de cursar a Escola de Odontologia de Sergipe. Enfrenta, então, um concurso para a carreira de telegrafista.

Aprovado, parte para servir no Ceará, onde vai cumprir o seu destino traçado pelo jornalismo e as Musas.

Em Fortaleza, Demócrito Rocha retoma o curso na Faculdade de Farmácia e Odontologia, formando-se em 1921. Esta década de 20 vai ser importante para o já então poeta e jornalista, pois funda, em 1929, o órgão literário Maracajá, tido na terra de Alencar como a “revista literária que o paladino e trincheira do movimento modernista no Ceará”.

Quando Demócrito Rocha fundou o jornal diário, O Povo, que se transformaria numa espécie de cartão de visita do Ceará, o Maracajá passou a circular como um dos seus suplementos. Por um lado, O Povo combatia os “desregramentos políticos da época”, e por outro, o Maracajá abrigava a produção dos poetas e intelectuais da terra, onde o próprio Demócrito Rocha publicou a maioria de seus poemas, curiosamente sempre assinados com o pseudônimo de Antônio Garrido.

Poesia de forte cunho telúrico, senão regionalista, para quem praticou tal arte pelo final da década de 20, a ousadia do poeta se revela nos seus versos livres, com uma dicção discursiva e vocabulário numa mistura de requinte e simplicidade. Lamentam ainda hoje os cearenses que a obra poética de Demócrito Rocha não tenha sido recolhida em livro, em edição sistemática e estudo analítico. Pelo menos um de seus poemas, O Rio Jaguaribe, ganhou foros de imortalidade, aparecendo em várias antologias.

Demócrito Rocha pertenceu à Academia Cearense de Letras.


Fonte: datascomemorativas.net

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