Dia de São João, o Precursor de Jesus, filho do padre judeu Zacarias e de Elizabete. Era um zeloso juiz de moralidade e destemido pregador do arrependimento. Ele obteve grande celebridade primeiramente em sua terra pátria, depois nas montanhas da Judeia e finalmente em toda a nação. Sua maneira simples e sóbria de viver contribuiu muito para a sua fama e como símbolo daquela puridade moral que ele tanto inculcava zelosamente. Jesus se permitiu ser batizado por ele e, a partir daquele momento, João disse aos seus discípulos que Jesus era certamente o Messias.
João é sempre o homem da elevação espiritual,mais inclinado à
contemplação que à acção. É a águia que desde o primeiro bater das asas
se eleva às vertiginosas alturas do mistério trinitário: "No princípio de tudo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e ele mesmo era Deus."
Ele está entre os mais íntimos de Jesus e nas horas mais solenes de sua
vida João está perto. Está a seu lado na hora da ceia, durante o
processo, e é o único, entre os apóstolos, que assiste à sua morte junto
com Maria. Mas contrariamente a tudo o que possam fazer pensar as
representações da arte, João não era um homem fantasioso e delicado.
Bastaria o apelido humorista que o Mestre lhe impôs a ele e a seu irmão
Tiago:"Filhos do trovão" para nos indicar um temperamento vivaz e
impulsivo, alheio a compromissos e hesitações, até aparecendo
intolerante e cáustico.
No seu Evangelho designa-se a si mesmo simplesmente como "o discípulo a
quem Jesus amava." Também se não nos é dado indagar sobre o segredo
desta inefável amizade, podemos adivinhar uma certa analogia entre a
alma do Filho do homem e a do filho do trovão, pois Jesus veio à terra
não só trazer a paz mas também o fogo. Após a ressurreição,João está
quase constantemente ao lado de Pedro. Paulo, na epístola aos gálatas,
fala de Pedro, Tiago e João como colunas na Igreja.
No Apocalipse, João diz que foi perseguido e degredado para a ilha de
Patmos "por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo".
Conforme uma tradição unânime viveu em Éfeso,em companhia de Maria e sob
o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira com óleo a
ferver, mas saiu ileso e todavia com a glória de ter dado testemunho.
Depois do exílio de Patmos voltou definitivamente para Éfeso, onde
exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, resultando em três
cartas,acolhidas entre os textos sagrados, assim como o Apocalipse e o
Evangelho.Morreu carregado de anos em Éfeso durante o império de Trajano
(98-117), onde foi sepultado."
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