quarta-feira, 14 de março de 2012

Corra! Já tem alguém postando antes de você!

Eu faço a lição, vou pro computador, cuido do orkut, tumblr, msn, twitter, forms e minha mãe ainda me chama de preguiçosa! Ela só arruma a casa e tá feliz !
"Primeiro as pessoas correm para postar no Twitter, Facebook ou no seu próprio blog. Depois elas param para avaliar/criticar/pensar no que acabaram de ver e de compartilhar online, pensando que “se tiver alguma coisa errada eu corrijo depois”. A pressa é por postar antes que alguém o faça – por mais que você sequer se dê ao trabalho de checar os fatos.

O comentário do jornalista Benjamin Jackson, do New York Times, no último dia da Social Media Week São Paulo, veio totalmente ao encontro do que acredito em termos de relevância e conteúdo nas redes sociais.

O dilema da velocidade de ser o primeiro a postar alguma coisa versus a qualidade desse conteúdo tem assolado as redes sociais e passou a ser um grande problema para todos os que, de alguma forma, consomem conteúdo na internet.

Até onde o que você lê ou assiste é correto, preciso, confiável? Nessa cultura da alta velocidade, poucos param para fazer uma análise crítica. “Manter-se em alta velocidade, antes uma aventura estimulante, vira uma tarefa cansativa”, diz o sociólogo Zygmunt Bauman.

A mobilidade e a tecnologia facilitaram a vida das pessoas dispostas a gerar conteúdo. Mas para onde vai esse conteúdo, quem consome, quanto tempo se gasta para produzir uma informação que realmente valha a pena?

Em uma conversa que tive esta semana com um grupo de profissionais de comunicação de empresas do porte de IBM, Oracle, Sky e Metrô de São Paulo, entre outras, a convite da agência de comunicação KlaumonForma, ficou muito claro que nossa maneira de usar a internet impacta a percepção que temos do mundo e como interagimos com as pessoas, e também afeta as relações entre as empresas e seus funcionários e clientes.

Por fim, é importante não reforçar a dicotomia entre tradição/qualidade e inovação/tecnologia. Uma coisa não tem a ver com a outra e, principalmente, não exclui a outra. O New York Times, por exemplo, é um jornal super tradicional e antigo (foi fundado em 1851) e, ao mesmo tempo, foi pioneiro no lançamento de sua edição para tablets e smartphones. O que vale, como sempre, é a qualidade do conteúdo, não importa a mídia."

Fonte: Exame.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário