Não expressar interesse amoroso
"Admiro aquelas pessoas que expressam claramente os seus interesses amorosos. É uma dádiva ter um pretendente que age desta forma. Estas pessoas, quando estão disponíveis e se encontram nas circunstâncias adequadas, mostram, verbal e não-verbalmente, a atração que sentem pelo parceiro. Este tipo de manifestação coloca o relacionamento na perspectiva certa, ajuda a criar um clima amoroso, é lisonjeiro para o parceiro, eleva a sua auto-estima, desperta esperança da reciprocidade de interesses e pode induzir o interesse amoroso. Quem se porta desta forma também acentua seus próprios sinais de gênero (feminilidade ou masculinidade) e, segundo um estudo que foi realizado sobre este tema, fica mais bonito.
Assumir estes sentimentos é um ato de coragem. Aliás, nem coragem é: trata-se apenas de ver as coisas da forma correta. Não é coragem porque o risco é pequeno ou inexistente: todo mundo admira quem se porta assim e aquele que recebe a manifestação fica lisonjeado e com a sua auto-estima lá em cima. Muita gente fica enrolando, disfarçando o que sente e fingindo que se trata apenas de amizade ou coleguismo. Muitas pessoas agem assim porque acreditam que não podem se “entregar de bandeja”, porque esta forma de agir é depreciadora e que o outro vai ficar muito convencido. Não se trata de se entregar. Pelo contrário, é uma maneira altiva de agir. Mesmo quando não há reciprocidade deste interesse, quem se manifestou sente-se bem porque constatou que teve coragem para agir e, mesmo na hipótese de não ser bem-sucedido, não vai ficar perdendo tempo por falta de iniciativa e fica livre para tentar outras opções.
Iniciar um relacionamento com um parceiro que não está disponível
Existem três tipos principais de indisponibilidade para um relacionamento amoroso:
(1) estar seriamente comprometido com outra pessoa
(2) estar passando por um processo de separação de um relacionamento sério e duradouro
(3) ter se separado recentemente de um relacionamento deste tipo e ainda não estar psicologicamente recomposto
O início de relacionamento com uma pessoa comprometida pode ser uma maravilha. O amor em si já é excitante. Aquilo que é proibido pode se tornar ainda mais emocionante, pelo menos para algumas pessoas (existe uma teoria que afirma que o fruto proibido é mais gostoso). Depois de algum tempo, o preço deste tipo de relacionamento geralmente é muito alto. A posição de amante pode ser penosa. Por exemplo, os amantes têm que viver escondendo os seus amores - o medo de a relação ser descoberta está sempre presente; as datas e horários nobres são reservados para o(a) parceiro(a) oficial. Devido a este último motivo, os feriados, os fins de semana, o fim de ano e as férias são sempre um tormento. O casal de amantes geralmente passa a viver da esperança da vinda daqueles dias quando poderão finalmente ficar juntos. Têm que viver desta esperança porque o presente não é satisfatório. Esta situação faz com que logo comecem a aparecer as cobranças, as culpas e as promessas de que tudo vai ser resolvido logo. Então o relacionamento começa a se desgastar.
Algumas pessoas acreditam que é mais fácil iniciar relacionamentos com parceiros que estão em um período ruim de vida e precisam de ajuda. Sentem que nestes casos têm mais o que oferecer. Aqueles que pensam assim podem ter problemas de auto-estima ou são pessoas que querem parceiros de um nível tão alto que teriam dificuldades para conseguir quando estes estão em seus estados normais. Acho que é uma má estratégia tentar conquistar quem está desequilibrado e carente por meio da oferta de ajuda e apoio. É possível que quando esta pessoa finalmente se separar e voltar ao seu eixo normal, ela constate que também não quer essa nova pessoa ao seu lado e que só ficou com ela porque estava alterado, carente e desamparado.
Iniciar um relacionamento amoroso com quem tem objetivo diferente do seu
Iniciar um relacionamento com quem tem objetivos diferentes dos seus é brincar com fogo. Quando uma pessoa declara um objetivo incompatível com o seu, é melhor não se relacionar com ela. Começar a se relacionar contando que a outra pessoa vai mudar é muito arriscado. O relacionamento, uma vez iniciado, começa a produzir envolvimentos e apegos, mesmo quando o lado racional desaconselha. Quando gostamos ou nos fascinamos por alguém que tem um objetivo diferente do nosso, ficamos tentados a acreditar que ele poderá mudar de objetivo, caso seja conquistado. Isto tanto pode ocorrer como não ocorrer. É uma espécie de roleta russa.
Os inícios de relacionamentos por meio do metadeideal que, logo de cara, exige uma declaração de intenções de seus usuários, levam uma vantagem em relação aos inícios de relacionamento que acontecem cara a cara. Pelo site, é possível tomar conhecimento dos objetivos dos pretendentes (por exemplo, “amizade”, “namoro sério”) antes de começar um contato. Estas informações podem ser reforçadas ou enfraquecidas olhando outros itens do seu perfil, como por exemplo, se pretende ter filhos (a resposta positiva é compatível com a sua declaração que quer um relacionamento com compromisso. As negativas são menos esclarecedoras neste sentido).
Se envolver ou se comprometer seriamente antes de verificar se há compatibilidade com o parceiro
Muita gente se liga rapidamente aos parceiros amorosos sem conhecê-los bem. É uma espécie de “compra de impulso”. É um ato de fé no parceiro que, infelizmente, quando é melhor conhecido, pode produzir decepções e frustrações. As pessoas que costumam agir desta forma são aquelas que têm muita facilidade para se apaixonar e para sentir atração sexual. Muitas destas pessoas também “amam o amor”. O parceiro “é só um detalhe” - a partir de alguns detalhes que gostaram no parceiro, idealizam o resto e se apaixonam. O amor já estava lá, armado na mente do apaixonado, esperando qualquer oportunidade para ser disparado.
O amor, ao contrário do que diz o ditado popular, não cega, mas faz com que os amantes percam as dimensões das coisas. O ditado que afirma que “O amor remove montanhas” é um exemplo desta distorção. O fato de os defeitos do amado parecerem menos importantes do que são é outro exemplo. Depois que a paixão diminui, as características do parceiro assumem as suas verdadeiras proporções. Aí as conseqüências podem ser grandes, caso compromissos já tenham sido assumidos.
Forçar o parceiro a agir de forma que ele não gostaria
Existem pessoas hábeis em manipular, que estão sempre forçando os outros a agir como elas querem. Por outro lado, também existem pessoas que estão sempre prontas para atender tudo o que se espera delas e vivem tentando agradar e, por isso, sempre acabam agindo de forma forçada.
Forçar a outra pessoa além da conta geralmente é uma má política. O outro pode passar a se comportar daquela forma apenas por medo de desagradar. Quando isto acontece, quem está agindo de forma simulada pode passar a evitar aquela pessoa na presença da qual ela não consegue agir de forma natural. Alguns exemplos de comportamentos forçados: falar de assuntos que não estamos muito interessados; ficar mais tempo conversando do que gostaríamos; fazer programas que não gostamos; gastar além das nossas posses.
Deixar de se posicionar como parceiro amoroso e se posicionar como amigo ou colega
Alterando um pouco a música de Adoniran Barbosa, poderíamos perguntar: “Estamos aqui para namorar ou para conversar?” Muitos encontros desandam porque os parceiros se envolvem com assuntos impessoais e se descuidam do clima romântico e da sedução. Quando isto acontece, ambos saem do encontro com a sensação, na melhor das hipóteses, que se encontraram com um amigo, que não houve química e que não houve atração. Em um encontro amoroso é possível falar de qualquer coisa, mas, caso o envolvimento com tais assuntos sejam tão profundos e tão prolongados que deixe pouco espaço para a verdadeira razão do encontro – produzir, manifestar, e usufruir dos prazeres do clima romântico e sensual que são despertados pelo outro, então o encontro realmente não foi de natureza amorosa.
Muitas vezes o clima romântico é despertado pela comunicação não-verbal: ao conversar sobre qualquer assunto, os olhos se encontram mais do que usual, as mãos começam a se tocar, começam a aparecer olhares para a boca do parceiro e a voz se torna insinuante, por exemplo. Podemos ajudar o surgimento do clima amoroso simplesmente mantendo em mente a finalidade amorosa do encontro e não deixando que seu foco se desvie muito, ao ponto de virar uma reunião do tipo que teríamos com um especialista ou com um amigo para falar dos casos amorosos passados e de nossas doenças familiares.
Não mostrar aceitação e valorização do parceiro
Uma das melhores sensações em um relacionamento é sentir que somos apreciados e admirados. Sentir que a nossa presença causa prazer, que o outro tem tempo para nós, que a conversa flui, que o outro perde a hora e adia compromissos por nossa causa. Tudo isso é muito bom. Sentir que somos admirados e que a outra pessoa entende os nossos motivos, valoriza as nossas realizações, apoia os nossos planos, é muito bom.
Transforme estes sete erros em sete acertos e seja alguém encantador e sedutor. Boa sorte."
Fonte: Metade Ideal
Nenhum comentário:
Postar um comentário